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O brasileiro e seu consumo de mídias

O brasileiro e seu consumo de mídias

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O Brasileiro e Seu Consumo de Mídias: Um Raio-X dos Hábitos do Povo Brasileiro.

O brasileiro é um povo diversificado, miscigenado e com muitas nuances regionais e culturais. Mas quando o assunto é consumo de mídia, quais são os hábitos e preferências que unem a maioria dos brasileiros? Um estudo recente realizado pela Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República revela dados interessantes sobre como o povo brasileiro se informa e se entretém através dos meios de comunicação.

Vamos explorar os principais resultados dessa pesquisa para entender como o brasileiro médio consome jornais, revistas, rádio, TV, internet e redes sociais nos dias de hoje. Prepare-se para algumas surpresas e confirmações do que você já desconfiava sobre os hábitos midiáticos do nosso povo!

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A internet conquistou metade dos brasileiros

Um dos dados mais relevantes da pesquisa é que 49% dos brasileiros afirmaram usar a internet regularmente. Isso representa mais de 100 milhões de pessoas conectadas à rede no Brasil! 

E o brasileiro está passando uma boa parte do seu tempo navegando: a média é de 5 horas por dia em frente às telas. Esse número elevado surpreende e mostra o quanto a internet já está incorporada na rotina das pessoas.

Jovens de 16 a 24 anos são os que mais acessam a internet, com uma média de 8 horas diárias. Para se ter uma ideia, esse tempo de uso é equivalente a um turno de trabalho. O celular é o dispositivo preferido para acessar a rede, utilizado por 98% dos jovens entrevistados.

Outro dado interessante é que as classes C, D e E são maioria entre os usuários de internet no país, representando 73% dos internautas brasileiros. Isso reforça que a internet no Brasil é consumida por pessoas de diferentes poderes aquisitivos.

Redes sociais: o ponto de encontro dos brasileiros 

Dentro do universo online, as redes sociais dominam como atividade preferida dos brasileiros. O uso de redes sociais foi citado por 81% dos entrevistados que acessam a internet.

O Facebook ainda lidera como a plataforma mais popular, utilizada por 71% dos internautas. O YouTube aparece em segundo lugar, com um alcance de 69%. Já o Instagram conquistou 51% dos usuários de redes sociais no país.

O WhatsApp também merece destaque: a pesquisa aponta que 91% dos brasileiros com acesso à internet usam o aplicativo de mensagens. Sem dúvida o WhatsApp é um fenômeno nacional e uma febre entre os jovens: chega a ser utilizado por 98% dos internautas com idades entre 16 e 24 anos.

Em um país continental como o Brasil, as redes sociais encurtaram distâncias e se transformaram em praças virtuais onde as pessoas se encontram, conversam e compartilham suas vidas.

TV ainda reina absoluta no Brasil

Apesar da audiência da TV ter diminuído com o avanço da internet, ela ainda domina como o meio de comunicação mais popular entre os brasileiros. Segundo a pesquisa, 90% dos entrevistados assistiram TV no dia anterior à entrevista. 

No quesito tempo de uso, a televisão lidera disparada: os telespectadores brasileiros passam em média 4 horas e 31 minutos por dia em frente à TV. Esse número chega a ser 50% maior do que o tempo gasto na internet.

A novela ainda é o conteúdo televisivo favorito dos brasileiros, assistida por 75% dos telespectadores nos últimos 3 meses. Os filmes nacionais também fazem sucesso e foram vistos por 71% dos entrevistados no mesmo período.

O hábito de assistir TV está presente em todas as faixas etárias e classes sociais. Mas chama atenção que os idosos com mais de 65 anos passam muito mais tempo em frente à televisão: uma média de 6 horas e 47 minutos por dia.

Rádio não sai do ar 

Assim como a TV, o rádio também resiste firme como meio de comunicação popular no país. A pesquisa revela que 64% dos brasileiros escutaram rádio no dia anterior à entrevista.

O áudio do rádio ainda faz companhia para muita gente nas atividades do dia a dia. 49% dos ouvintes afirmaram escutar rádio enquanto estão em casa fazendo afazeres domésticos. Já 20% ouvem rádio no trabalho e 19% no trânsito, dentro do carro ou do transporte público.

O perfil de consumo de rádio também tem suas particularidades regionais. Na Região Norte, por exemplo, o rádio é líder disparado: 92% dos entrevistados afirmaram ter ouvido rádio na véspera, à frente até mesmo da TV.

Jornais perdem espaço, mas resistem entre homens 

Apesar da concorrência da internet, os jornais impressos ainda têm seus nichos de público fiel. De acordo com a pesquisa, 20% dos brasileiros leram jornal no dia anterior à entrevista. 

O perfil dos leitores de jornal é predominantemente masculino: 65% são homens e 35% mulheres. Além disso, os jornais em papel são mais populares entre pessoas com maior escolaridade e faixa de renda.

Quando questionados sobre os motivos para ler jornal impresso, 49% disseram que apreciam o hábito de manusear o papel. Outros 29% confiam mais na credibilidade das notícias dos jornais tradicionais.

Apesar de estarem perdendo share de audiência para o meio digital, os jornais físicos ainda resistem no Brasil, principalmente entre homens de maior poder aquisitivo que valorizam a experiência de leitura do papel.

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Revistas investem no digital 

Enquanto os jornais lutam para sobreviver no impresso, as revistas estão migrando em peso para o ambiente online. De acordo com a pesquisa, 61% dos leitores de revistas preferem acessar as publicações em sites e aplicativos.

As revistas impressas caíram no gosto principalmente entre as mulheres: 58% do público leitor de revistas na versão papel é feminino. Já na internet, elas são lidas majoritariamente por homens, que representam 58% dos leitores das edições digitais.

Quando analisamos os dados regionais, os estados do Piauí, Ceará e Maranhão aparecem como os maiores leitores de revistas online, com 76% de preferência pela versão digital.

Portanto, o mercado de revistas passa por uma transformação rumo ao ambiente virtual para alcançar novas audiências, especialmente o público masculino.

Credibilidade: internet ainda perde para TV e rádio

Além de mapear o consumo de cada meio de comunicação, a pesquisa também sondou os brasileiros sobre o nível de credibilidade que eles atribuem a cada canal.

O rádio desponta como o meio visto como muito confiável por 67% dos entrevistados. Em segundo lugar aparece a TV, considerada muito confiável por 65% dos brasileiros. 

Já a internet ainda peca quando o assunto é credibilidade. Apenas 26% dos respondentes consideram a rede mundial como um meio muito confiável. Por outro lado, para 29%, a internet não é nada confiável.

Mesmo entre os mais jovens, que são os maiores usuários da rede, a desconfiança na internet é alta: 22% dos internautas de 16 a 24 anos declararam que a internet não tem credibilidade.

Portanto, apesar do grande alcance da rede, TV e rádio ainda são vistos como fontes mais seguras de informação pela maioria dos brasileiros.

Brasileiro consome notícias, mas cultura geral não é sua praia

Quando questionados sobre os tipos de conteúdo que buscam na internet, 79% dos usuários declararam consumir notícias online. Ou seja, a rede se consolidou como um dos principais meios para o brasileiro se manter informado. 

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Por outro lado, conteúdos relacionados à cultura geral e educação têm uma penetração menor. Apenas 37% dos entrevistados afirmaram buscar na internet conteúdos sobre história, ciência e educação.

Isso pode indicar que apesar de estarem bem informados sobre o noticiário do dia a dia, boa parte dos brasileiros não tem o hábito de buscar conhecimento mais aprofundado na rede.

É um sinal de que o país ainda precisa evoluir muito em educação e cultura para formar cidadãos mais conscientes e críticos. Mas a internet pode ser uma aliada valiosa para popularizar o conhecimento, precisamos apenas aprender a usá-la com essa finalidade.

Vídeos e música reinam absolutos na preferência dos jovens

Não é novidade para ninguém que YouTube e Spotify dominam o tempo de tela dos jovens brasileiros. Mas os números da pesquisa confirmam esse cenário de maneira contundente. 

Entre os internautas de 16 a 24 anos, 92% assistiram vídeos online e 89% ouviram música pela internet no dia anterior à pesquisa. Esses índices são esmagadores e mostram que os conteúdos de streaming conquistaram de vez os adolescentes e jovens adultos.

Para se ter uma ideia, o hábito de ver vídeos na internet é mais comum entre os jovens do que o uso de redes sociais, que já vimos que é altíssimo. Ou seja, YouTube e cia dominam soberanos o tempo livre da garotada.

Já entre os mais velhos com mais de 65 anos de idade, apenas 37% assistiram vídeos online e 28% ouviram música no último dia. Mesmo com o crescimento dos streamings, eles ainda preferem a boa e velha TV e rádio.

Brasileiros buscam entretenimento, mas também serviços na rede

Ao analisarmos os dados gerais da pesquisa sobre os usos da internet no Brasil, fica claro que o entretenimento lidera disparado. Oitenta e cinco por cento dos usuários declararam usar a rede para se divertir no último mês.

Em segundo lugar aparecem os serviços, com 79% dos internautas utilizando a internet para atividades como consulta a resultados de exames, emissão de documentos e compras online.

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Em terceiro vem a busca por notícias, com 77% dos respondentes se informando online. Em seguida vêm os conteúdos audiovisuais como vídeos e música.

Portanto, apesar de ser uma importante aliada na rotina prática e no consumo de informações, o principal papel da internet para os brasileiros ainda é proporcionar entretenimento e lazer.

Redes sociais: vitrine da autopromoção

As redes sociais parecem ter se transformado em uma grande vitrine para autopromoção e cuidado da imagem pública, pelo menos para uma fatia dos usuários brasileiros. 

De acordo com o estudo, 47% dos usuários de redes sociais declararam usar essas plataformas para divulgar e compartilhar suas próprias ideias ou trabalhos com os outros.

Outros 45% disseram usar as redes para mostrar seu dia a dia para outras pessoas. Apenas 24% afirmaram adotar as redes para interagir com amigos e 22% buscam fazer novas amizades online.

Portanto, parece que uma parcela significativa dos internautas brasileiros adotou as redes sociais mais com objetivos profissionais e narcisistas do que para cultivar relacionamentos sinceros.

Brasileiros buscam promoções, mas também apoiam criadores de conteúdo

O comportamento do brasileiro como consumidor online também foi explorado pela pesquisa. Um dado que salta aos olhos é que 73% dos internautas declararam seguir marcas nas redes sociais para receber promoções e descontos.

Por outro lado, 69% disseram acompanhar criadores de conteúdo e influenciadores nas redes para ter informações e dicas sobre produtos e serviços.

Portanto, o consumidor brasileiro não busca apenas o melhor preço na internet. Ele também valoriza a opinião de influenciadores que sabem conquistar sua confiança.

Os mais jovens são os que mais apoiam financeiramente os criadores de conteúdo que admiram: 16% dos internautas de 16 a 24 anos afirmaram já ter pago por conteúdos de pessoas que seguem online.

Um retrato revelador dos hábitos do brasileiro conectado

Esses foram alguns dos dados mais relevantes sobre o consumo de mídia e a relação dos brasileiros com a internet, extraídos da Pesquisa Brasileira de Mídia

Fica evidente que a internet já faz parte indissociável do cotidiano da maioria dos brasileiros, especialmente entre os jovens. Ao mesmo tempo, veículos tradicionais como TV e rádio ainda possuem forte penetração entre todas as idades e classes sociais.

O estudo também revela como o entretenimento domina a preferência dos usuários na rede, muito embora os serviços online façam cada vez mais parte da rotina prática dos internautas.

As redes sociais conquistaram de vez o brasileiro, transformando-se tanto em espaços de socialização quanto em palco para autopromoção. E o comportamento como consumidor mescla o interesse por promoções ao respeito e apoio a criadores de conteúdo relevantes e bem produzidos.

Fica claro que a relação dos brasileiros com as mídias e a internet é complexa e multifacetada. Não existe um perfil único de consumo, mas diversos matizes conforme idade, gênero e aspectos regionais. 

Mas de forma geral, podemos concluir que o brasileiro médio passa boa parte do seu tempo livre conectado, entre o trabalho, o entretenimento e o cultivo de relacionamentos virtuais. Resta saber como esse cenário irá evoluir com o amadurecimento das gerações mais jovens e inteiramente conectadas.

O que achou desses resultados? O que mais te surpreendeu? Deixe um comentário sobre sua opinião.

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Conteúdo publicado via Publicaí

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